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terça-feira, 21 de agosto de 2012

CHEGA DE BARULHO



Não é que a exposição da minha vida privada seja do meu agrado, mas o pedido de desabafo fala mais alto e antes que eu suba as escadas deste prédio, vou tentar exorcizar as minhas raivas e demónios com a escrita.
CHEGA DE BARULHO!
Estou farta!
Aguento melhor uma posta de pescada cozida com brócolos a acompanhar do que os gritos do pai para a filha, os gritos da filha para o pai, os gritos da mulher para o pai porque grita com a filha, os lençóis caídos na minha varanda, as molas partidas aos bocados na minha varanda (juntamente com restos de comida e papéis), a cinza na roupa acabadinha de sair da máquina, os calcanhares a bater no chão dinossauricamente às tantas!
Chega.
Tudo tem um limite e eu também tenho o meu.
Como diriam os meus queridos alunos: devem andar a comer elásticos ao pequeno-almoço. Só pode, porque andam mesmo a esticar-se.
Não quero saber quais são os problemas e as quimeras familiares, os cavalos de troia que têm nos bolsos, as marcas das roupas que usam.
Só quero chegar a casa um dia e sentir a calma, o sossego.
Eu qualquer dia passo-me e vou lá, CHEGA CHEGA CHEGA CHEGA!
A minha tese de Mestrado foi feita com barulho, as aulas são preparadas com barulho.
Mas daquele barulho desgovernado, sem eira nem beira, qual canção mal amanhada, poema mal escrito, tesoura torta e enferrujada.
Se lerem isto, temos pena, o outro não diz que é a voz? POIS EU SOU UM BERRO E AGORA QUEM FAZ BARULHO SOU EU!
Chega. Acho que ainda lá vou hoje!

P'la miúda

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